A informação, revelada pela Assessoria de Imprensa da Presidência da Câmara, acrescenta que “o parecer do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar que recomenda a cassação de Cunha por quebra de decoro parlamentar foi lido em Plenário na segunda-feira, 8”, e que “são necessários 257 votos entre os 512 deputados em exercício para determinar a perda do mandato de um parlamentar”.
Antes de anunciar a data do início do julgamento de Eduardo Cunha, Rodrigo Maia apontou as razões para os sucessivos adiamentos. Segundo o parlamentar, na semana que começa em 15 de agosto terá início a campanha para as eleições municipais de 2 de outubro, e os deputados deverão viajar para suas bases. Para a semana seguinte, já a partir do dia 22, aguarda-se o início do julgamento do processo de impeachment da Presidente Dilma Rousseff pelo Senado Federal, e Maia considera que os dois eventos não devam ocorrer simultaneamente.
Em 29 de agosto, o presidente interino Michel Temer (talvez já efetivado no cargo) viajará para a China, onde participará da reunião do G20 em Xangai, e Rodrigo Maia terá de assumir a Presidência da República. Como Temer só retornará ao Brasil no início de setembro, a votação do processo de cassação de mandato de Eduardo Cunha só terá início a partir do dia 12 do próximo mês.
Sobre estes sucessivos adiamentos, Sputnik Brasil conversou com o Deputado Federal Chico Alencar (PSOL-RJ). Segundo o parlamentar, há razões poderosas para esta situação de protelamentos:
O parlamentar do PSOL do Rio de Janeiro conclui:
“Então, é melhor protelar e deixar o julgamento para depois do impeachment da Presidente Dilma Rousseff, para não atrapalhar este ou aquele objetivo. Mas a condição de Eduardo Cunha é muito difícil: além das acusações de quebra de decoro parlamentar, ele responde a vários processos no Supremo Tribunal Federal. O nosso papel é ficar vigilantes e cobrar as verdadeiras razões pelas quais este julgamento vem sendo tão protelado.”