"Enquanto a defesa antimíssil já se consolidou como elemento crucial do potencial militar, a procura de meios de defesa contra mísseis de cruzeiro decorre de forma muito mais lenta", informa o BI citando o cientista-chefe do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS) Thomas Karako.
A diferença entre mísseis balísticos e mísseis de cruzeiro consiste em sua trajetória de voo. Os mísseis balísticos quase alcançam as camadas mais altas da atmosfera e depois caem, enquanto os mísseis de cruzeiro voam baixo e podem manobrar e acelerar antes da última fase do ataque.
Os militares norte-americanos acham que a ameaça de um míssil de cruzeiro é mais séria que a de um míssil balístico, razão pela qual o comitê conjunto de Chefes de Estado-Maior o considera como prioridade.
Para detectar o momento em que um míssil de cruzeiro é lançado são necessários sistemas de bordo mais sofisticados, acrescenta o BI.
Se um sistema desse tipo for integrado em caças F-16 ou em drones, a eficácia não será tão alta por ser limitada pelo tempo de voo dos aviões e pela limitação do alcance de visibilidade.
Outra alternativa é instalar radares em aeróstatos, mas isso iria requerer bastantes gastos, indica o artigo.
Até que seja elaborado um novo conceito, o território dos EUA continuará extremamente vulnerável à ameaça de mísseis de cruzeiro.