China não permite a Washington desestabilizar região Ásia-Pacífico

© Foto / Marinha dos EUA / David MercilNavios de guerra dos EUA no Mar do Sul da China
Navios de guerra dos EUA no Mar do Sul da China - Sputnik Brasil
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A nova iniciativa da política externa de Barack Obama visa mudar o foco do Oriente Médio para a região do Ásia-Pacífico. Mas os Estados Unidos não serão capazes de conter a China, afirmou o analista político russo Stanislav Tarasov.

"A política externa dos Estados Unidos no Oriente Médio fracassou. Agora Washington está tentando realizar a sua estratégia de desestabilização na região Ásia-Pacífico. Mas as posições da China na região são fortes e os EUA não serão capazes de fazer nada com isso", disse o analista.

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Tarasov também mencionou que Washington tentou barganhar nas tensões entre a China e o Japão, bem como nas atividades nucleares da Coreia do Norte em seu confronto com Pequim. Esta estratégia também não foi bem sucedida e, se os EUA tentarem continuá-la, aumentando as tensões com a China, isso, segundo analista, provavelmente, levará a outro "grande fracasso da política externa dos EUA".

Tarasov descreveu o comportamento da China como "cada vez mais assertivo", acrescentando que Pequim tem sido "bastante inteligente e confiante" em suas atividades. A nação asiática tem impedido "os EUA de reforçarem suas posições na região, como Washington tinha planejado".

O analista também observou que a China tem recursos suficientes para proteger os seus interesses nacionais em duas frentes regionais.

"Alguns relatos da imprensa estrangeira indicam que a China está lutando para conter a ameaça que vem do norte e do sul", observou ele. "Mas eu acho que a China tem bastantes capacidades militares, vontade política e outros elementos necessários para proteger a sua soberania territorial", disse ele.

Vários países, incluindo a China, o Japão, o Vietnã e as Filipinas, têm desacordos sobre as fronteiras marítimas e zonas de influência no mar do Sul da China e mar da China Oriental. A China acredita que alguns deles, como as Filipinas e o Vietnã, aproveitando o apoio dos EUA, escalam a tensão na região. Em janeiro de 2013, as Filipinas contestaram unilateralmente as reclamações da China em relação a uma série de territórios no mar da China do Sul no Tribunal Internacional do Direito do Mar, mas Pequim se recusou oficialmente a abordar essas questões no âmbito jurídico internacional.

Mar do Sul da China - Sputnik Brasil
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Em 12 de julho o Tribunal Permanente de Arbitragem de Haia concluiu que não há base legal para que a China reivindique seus direitos históricos na zona económica exclusiva na área das ilhas Nansha (Spratly).

Segundo o tribunal, as exigências da China contradizem a Convenção das Nações Unidas de 1982 sobre o Direito do Mar.

O tribunal, composto por cinco juízes, também acusou a China de violar a soberania das Filipinas e de "causar graves danos aos recifes de coral", pela construção de ilhas artificiais.

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