"A política externa dos Estados Unidos no Oriente Médio fracassou. Agora Washington está tentando realizar a sua estratégia de desestabilização na região Ásia-Pacífico. Mas as posições da China na região são fortes e os EUA não serão capazes de fazer nada com isso", disse o analista.
Tarasov descreveu o comportamento da China como "cada vez mais assertivo", acrescentando que Pequim tem sido "bastante inteligente e confiante" em suas atividades. A nação asiática tem impedido "os EUA de reforçarem suas posições na região, como Washington tinha planejado".
O analista também observou que a China tem recursos suficientes para proteger os seus interesses nacionais em duas frentes regionais.
"Alguns relatos da imprensa estrangeira indicam que a China está lutando para conter a ameaça que vem do norte e do sul", observou ele. "Mas eu acho que a China tem bastantes capacidades militares, vontade política e outros elementos necessários para proteger a sua soberania territorial", disse ele.
Vários países, incluindo a China, o Japão, o Vietnã e as Filipinas, têm desacordos sobre as fronteiras marítimas e zonas de influência no mar do Sul da China e mar da China Oriental. A China acredita que alguns deles, como as Filipinas e o Vietnã, aproveitando o apoio dos EUA, escalam a tensão na região. Em janeiro de 2013, as Filipinas contestaram unilateralmente as reclamações da China em relação a uma série de territórios no mar da China do Sul no Tribunal Internacional do Direito do Mar, mas Pequim se recusou oficialmente a abordar essas questões no âmbito jurídico internacional.
Segundo o tribunal, as exigências da China contradizem a Convenção das Nações Unidas de 1982 sobre o Direito do Mar.
O tribunal, composto por cinco juízes, também acusou a China de violar a soberania das Filipinas e de "causar graves danos aos recifes de coral", pela construção de ilhas artificiais.