Enquanto Pequim continua suas reivindicações territoriais no mar do Sul da China, Washington mantem a posição inflexível sobre a ilha Scarborough Shoal. Localizada a nordeste do arquipélago Spratly, a ilha é reivindicada pela China, Taiwan e Filipinas, e os EUA tem afirmado que quaisquer tentativas de militarizar a região significará cruzar a "linha vermelha".
De acordo com representantes do Pentágono, Pequim acaba de cruzá-la.
Além de navios de patrulha, Pequim também permitiu que centenas de embarcações pescassem nas águas ricas em recursos marinhos em torno de Scarborough Shoal. Pequim usou uma tática semelhante no mar da China Oriental, onde o país procurou legitimar a sua reivindicação sobre as ilhas Senkaku, reivindicadas pela China (onde elas são conhecidos como como Diaoyu) e pelo Japão.
GRAPHIC: Territorial claims in the South China Sea, where more than $5 trillion worth of trade passes every year. pic.twitter.com/Ckuy7SGnlf
— The Int'l Spectator (@intlspectator) 11 августа 2016 г.
Em 12 de julho o Tribunal Permanente de Arbitragem de Haia concluiu que não há base legal para que a China reivindique seus direitos históricos na zona económica exclusiva na área das ilhas Nansha (Spratly).
Segundo o tribunal, as exigências da China contradizem a Convenção das Nações Unidas de 1982 sobre o Direito do Mar.
O tribunal, composto por cinco juízes, também acusou a China de violar a soberania das Filipinas e de "causar graves danos aos recifes de coral", pela construção de ilhas artificiais.
The legal status of the South China Sea has finally been defined. https://t.co/84JJNjhB0G
— Foreign Affairs (@ForeignAffairs) 11 августа 2016 г.
Vários países da região, incluindo a China, o Japão, o Vietnã e as Filipinas, têm desacordos sobre as fronteiras marítimas e zonas de influência no mar do Sul da China e no mar da China Oriental. Pequim afirma que alguns desses países, como as Filipinas e o Vietnã, aproveitam o apoio de Washington para escalar a tensão na região. Tanto os EUA quanto a China realizam regularmente exercícios militares na área e se acusam mutuamente de militarizá-la.
Os Estados Unidos não têm nenhuma reivindicação territorial na região.