"Uma coisa é você fazer na sexta-feira, num sábado, numa segunda uma sessão de julgamento do afastamento de uma presidenta da República. Uma outra coisa completamente diferente, é você estabelecer outros procedimentos como oitiva de testemunhas, discussão, participação da defesa ou da acusação. Eu acho que essa decisão vai ser tomada amanhã (17), mas é importante que ela seja tomada para um lado ou para outro com a participação de todos."
Ao ser questionado pela imprensa, Calheiros também criticou a proposta de realização de um plebiscito para novas eleições que foi proposto na carta que a presidenta afastada Dilma Rousseff apresentou nesta terça-feira (16). No texto, Dilma diz que está convencida da necessidade e dará seu apoio irrestrito à convocação de um Plebiscito, com o objetivo de consultar a população sobre a realização antecipada de eleições, bem como sobre a reforma política e eleitoral.
"Na democracia a melhor saída sempre é a saída constitucional e Plebiscito e novas eleições não estão previstos na Constituição, então, isso não é bom."
A sessão de julgamento do impeachment está marcada para começar no dia 25 de agosto. Dilma Rousseff vai ser julgada pelos crimes de responsabilidade.
São necessários 54 votos para que Dilma seja afastada definitivamente da presidência da República.