"Foram mais de 300 mortes por mês. Dados da Anistia Internacional, mostram que por décadas, antes de 2011, a média de mortes de detentos em prisões na Síria era de cerca de 45 pessoas por ano – aproximadamente 3 a 4 mortes por mês" – diz o relatório da organização.
O relatório denuncia maus tratos aos presos, com superlotação de celas, espancamentos em "todas as etapas da detenção", recusa de assistência médica, falta de saneamento e comida.
De acordo com a Anistia Internacional, que estiveram detidas em diversos presídios do país contam que eram proibidos de falar ou sequer olhar para os agentes penitenciários, que os tratavam frequentemente com humilhações verbais ou físicas. A fome os forçava muitas vezes a comer cascas de laranjas ou caroços de azeitonas.
A organização fez um apelo à comunidade internacional, em particular "à Rússia e aos EUA, como líderes das conversações pela paz na Síria, para levantar esta questão nos debates e forças as autoridades locais e órgãos militares a acabar com as torturas e outros tipos de maus tratos".