Especialista russo: China vai desempenhar um papel mais importante na Síria

© Sputnik / Khaled AlkhatebMilitar do Exército sírio na província de Hama, Síria, agosto de 2016
Militar do Exército sírio na província de Hama, Síria, agosto de 2016 - Sputnik Brasil
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China pode aumentar ajuda militar à Síria e cooperar com a Rússia nos esforços para estabilizar a região.

O chefe da Comissão Militar de Cooperação Internacional da China Guan Yufei visitou recentemente Damasco e prometeu aumentar a ajuda "humanitária" às forças armadas sírias e intensificar o treinamento dos militares sírios na China. Tal solução pode ser de grande importância para o avanço dos combates na Síria. A China pode fornecer ajuda militar juntamente com a Rússia, disse em um comentário para a Sputnik o especialista militar russo Vasily Kashin.

“Veículos automóveis, comunicações, medicina, máquinas de engenharia – tudo isso é agora necessário para o exército sírio, tal como armas. Quanto a treinamento de pessoal, a China tem vantagens significativas. Alguns dos sistemas de armas usados no teatro de operações militares sírio ainda continuam sendo utilizados pelo exército chinês.”

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O especialista russo afirma que a China aumenta seu papel no conflito para alcançar seus objetivos internos. A Síria agora se tornou um lugar que atrai adeptos de movimentos radicais islâmicos de todo o mundo. O número de militantes que vieram para lá a partir da região chinesa de Xinjiang equivale a muitas centenas de homens. Estes militantes têm na Síria suas próprias escolas e acampamentos de treinamento militar. A China está interessada na destruição desses extremistas antes de eles regressarem ao território chinês, espalhando suas redes terroristas entre a população muçulmana chinesa de Xinjiang.

Neste momento, com a luta feroz nos arredores de Aleppo, a guerra na Síria está entrando numa fase decisiva. Todos os países envolvidos no conflito estão agora aumentando seus esforços porque nos próximos meses será decidido quem irá determinar o futuro da região no pós-guerra. Portanto, para a China, como uma grande potência, talvez o melhor momento para intervir seja agora, concluiu Vasily Kashin.

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