Segundo o presidente da associação, Orlando Leonde, isso acontece porque, quando o consumidor não está investindo em uma unidade nova, a tendência é de que ele acabe usando mais recursos para a manutenção da sua motocicleta, e a consequência é impulsionar as vendas das empresas do setor.
“Não notamos diferença nos negócios do setor na comparação entre o ano passado e este. O mercado está sendo regular. Isto porque, como as pessoas não estão comprando motos novas, elas tendem a ter cuidado e manutenção maiores com os equipamentos que já possuem”, disse Leone durante o encerramento, neste sábado, 20, do 9º Salão Nacional e Internacional de Motopeças, no Expo Center Norte em São Paulo.
Segundo a Anfamoto, pelo histórico de edições anteriores, os expositores que participam do salão costumam ter aumento de 25% no volume de vendas praticadas no mês da realização do evento. Para impulsionar ainda mais as vendas no segmento, Leonde disse que, para o evento deste ano, foi firmado acordo de cooperação entre a associação e a Intermot – Feira de Colônia, cujo objetivo é promover as relações entre o mercado europeu e brasileiro de motociclismo, troca de estandes e visibilidade entre eventos promovidos por cada entidade e, principalmente, levar uma missão brasileira organizada pela Anfamoto à Intermot 2016, que acontece em outubro, em Colônia, na Alemanha.
Leone aproveitou para adiantar que a Anfamoto contratou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) para realizar uma pesquisa de mercado do setor de motopeças. Dados preliminares já compilados demonstram a importância do segmento para a economia doméstica. Em 2013, o setor já era responsável por gerar quase 300 mil postos de trabalho.
“Através também do levantamento preliminar, da parte do impacto direto da cadeia de motopeças, já podemos anunciar que a participação do setor no PIB para o ano de 2013, é de 0,21%. Mas, ainda faltam alguns números para a conclusão do estudo”, esclarece. Dados de 2014 serão divulgadas ao final de setembro.
O presidente da Anfamoto também lembrou algumas conquistas que o setor obteve neste ano, como a criação da Frente Parlamentar dos Veículos de Duas Rodas, com o objetivo de viabilizar políticas públicas para defender, os motociclistas e fomentar o setor de motopeças.
“A frente pretende ainda estimular e desenvolver estudos para aperfeiçoar a legislação, referente à classe e ao mercado. Serão tratados diversos assuntos que serão divididos em comitês temáticos. Entre eles: tributação, com a diminuição da carga tributária, a adoção de regime tributário competitivo e o fim da guerra fiscal entre Estados; a modernização das leis trabalhistas; campanhas de segurança e diminuição de acidentes, as quais deverão ser intensificadas; campanhas contra a comercialização de peças de má procedência ou contrabandeadas; e educação no trânsito, entre outras”, explicou.