Se o plenário aceitar a proposta, Cunha estaria sujeito à uma pena mais branda como advertência, por exemplo, preservando seu mandato e, em consequência, o foro privilegiado. Perdendo o mandato, Cunha poderá ser julgado pela Justiça de Primeiro Grau, no caso, o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, no Paraná, por estar sendo investigado numa das fases da Operação Lava Jato.
Cunha, que já responde a seis denúncias no Supremo Tribunal Federal, formuladas pelo Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, será julgado pelo plenário da Câmara a partir de 12 de setembro. O Conselho de Ética entendeu que o deputado quebrou o decoro parlamentar ao mentir à CPI da Petrobras, negando ser titular de contas bancárias na Suíça. A titularidade destas contas foi informada à Procuradoria-Geral da República por instituições financeiras suíças, o que teria comprovado, segundo o Procurador e os parlamentares contrários a Cunha, a improcedência das alegações do deputado.