Se navios japoneses participarem em manobras navais com a Marinha norte-americana na região da disputa territorial, isso equivalerá a "ultrapassar a linha vermelha", declarou o embaixador chinês, Cheng Yonghua, em Tóquio. Cheng ameaçou com uma ação militar se o Japão não cumprir o ultimato.
O aviso havia sido feito duas semanas antes da decisão desfavorável do Tribunal de Arbitragem de Haia relativamente ao direito de Pequim, que a China considera histórico, sobre estas águas. Segundo a decisão do tribunal, Pequim deve se retirar imediatamente do território disputado.
Enquanto Tóquio continua aumentando a pressão sobre Pequim relativamente à decisão arbitral, apesar de os japoneses não serem parte da disputa, o Japan Times divulgou um artigo sem assinatura afirmando que "o governo japonês não tem planos para se juntar às operações, no quadro das quais os Estados Unidos enviaram desde Outubro navios de guerra, agora estacionados perto das ilhas artificiais que a China tem construído no mar do Sul da China".
A parada de Pequim no Mar do Sul da China é elevada: mais de 40% do trânsito marítimo comercial do mundo passa diariamente por este mar. As suas águas também albergam um dos maiores depósitos marítimos de petróleo e gás natural do mundo. O mar possui ainda a função crítica de prolongamento do alcance militar chinês naquela região.