Apenas em São Paulo, Guarulhos contabilizou 24% do movimento de passageiros, enquanto os do Rio registraram 20% do total. Para manter o padrão de pontualidade no decorrer da competição, medidas especiais de controle de fluxo foram adotadas, como o check-in das delegações que foi realizado na própria Vila Olímpica dos Atletas. Com isso, os atrasos somaram apenas 4,4% dos voos, percentual muito abaixo do limite máximo de 15%.
Poucas semanas antes do início dos jogos, as medidas de segurança nos terminais provocaram filas, cancelamento de voos e reclamação dos usuários. A necessidade de uma vistoria mais rigorosa, incluindo a inspeção das bagagens de mão, causou certa desorganização na área de check-in. Foi necessária, então, a adoção de uma força tarefa especial para minimizar os problemas. Através da padronização operacional nos 40 aeroportos envolvidos no regime especial da Rio 2016, foi possível planejar o fluxo, gerenciar o tráfego e a acessibilidade aos terminais.
A redução dos atrasos nos aeroportos também diminuiu as filas e influenciou na opinião dos usuários: a média de satisfação do serviço atingiu 4,9 em uma escala de cinco, segundo as autoridades aeroportuárias.
"Se este nível de otimização for mantido após os jogos, o cenário de turismo ficará ainda mais interessante para o Brasil que, com a Olimpíada, conseguiu demonstrar seu potencial turístico tanto para os estrangeiros que já conheciam o país, quanto para aqueles que tiveram a primeira oportunidade de conhecer nossa cultura", analisa o diretor da Cash Milhas, Francisco Lobo.
Dados do Ministério do Turismo preveem um aumento de 6% do turismo nacional após a Olimpíada. Na visão de Lobo, nos últimos anos, o brasileiro deixou de viajar devido à crise econômica. Só em 2015, por exemplo, a procura por destinos nacionais caiu mais de 7%. O desempenho dos aeroportos brasileiros, no entanto, pode dar um novo ânimo aos passageiros e estimular esse setor tão importante para o país.