A ação começou pela manhã com dezenas de manifestantes invadindo a portaria do prédio, colocando bandeiras e cartazes em janelas de alguns andares em protesto contra o governo interino e a adoção de política públicas para os trabalhadores do campo. Sem confronto com a polícia, os manifestantes deixaram o prédio por volta das 16 horas, após tentarem um encontro com o ministro Osmar Terra. Os representantes do ministério informaram ao MBST e à FNL que assuntos relacionados à agenda de reformas e à própria reforma agrária estão agora sob responsabilidade da Casa Civil. que marcou reunião com representantes de ambos os movimentos sociais para a semana que vem.
Para o coordenador da ONG Terra de Direitos, Darcy Frigo, nessa conjuntura adversa de retrocessos em inúmero direitos é importante para os trabalhadores esse processo de mobilização. ]
"É claro que hoje a mídia comercial não quer pautar as ações dos movimentos sociais, porque vai por em risco os interesses deles com esse governo golpista. É importante que os movimentos intensifiquem esse processo de mobilização, embora a que tenha acontecido no dia de ontem tenha sido mais no sentido de ocupar um espaço em relação a essa indefinição se volta ou não volta o Ministério do Desenvolvimento Agrário e poder ocupar o espaço de outros movimentos sociais, como o sindical, dos sem-teto e dos pequenos agricultores que acreditam que virão às ruas após o processo do impeachment."
Na avaliação de Frigo, a construção das frentes populares e as tentativas de diálogo entre essas frentes têm sido um caminho de busca dessa unidade maior.
"Nesse momento diria que o fato de a Força Sindical, através de seu representante, o Paulinho, envolvido em inúmeras problemas de corrrupção e tudo mais, dividir a classe trabalhadora isso atrapalha bastante do ponto de vista do enfrentamento dos interesses que estão instalados no próprio governo. Acredito que um avanço dessa unidade vai depender da construção dessas frentes populares."