O objetivo principal é acabar com o conflito armado de meio século na nação.
Em publicação na conta do Twitter, o Escritório do Alto Comissariado para os Direitos Humanos informou que as cláusulas já foram finalizadas, "só restam procedimentos técnicos".
"As partes concordaram em apresentar uma nova proposta de reintegração mais razoável para as FARC, reafirmando compromisso do governo em apresentar projeto de lei sobre anistia", divulgou emissora colombiana, Caracol Radio.
Como próximo passo, o presidente colombiano Juan Manuel Santos encaminhará a versão final do documento ao Congresso. Um plebiscito será organizado para recolhimento da opinião dos colombianos sobre os acordos alcançados por ambas as delegações de paz.
Os negociadores plenipotenciários, na presença de representantes cubanos e noruegueses, estão encarregados de concluir o acordo nesta quarta-feira e anunciar o resultado das negociações no Centro de Convenções El Laguito, em Havana.
Em 23 de junho, Juan Manuel Santos e o líder das FARC, Rodrigo Landoño Echeverri, assinaram ato simbólico de cessar-fogo, que proporcionou aos dois a tornarem-se candidatos ao Prêmio Nobel da Paz pelo cumprimento do processo de pacificação da Colômbia. Este acontecimento histórico pôs fim a mais de 50 anos de guerra civil no país.
O conflito armado na Colômbia do qual participam guerrilhas, paramilitares, agentes de estado e narcotraficantes é considerado o mais antigo na América Latina. Conforme estimativas, os confrontos já provocaram milhões de vítimas: 300 mil mortos, 45 mil desaparecidos e 6,8 milhões de desalojados.
As FARC são uma das organizações de insurgentes marxistas mais antigas do mundo. As forças foram fundadas em 1964, quando entraram em guerra para derrubar o governo da Colômbia.