A tragédia de 2009, ocorrida na cidade de Áquila, não foi esquecida pelos italianos. O abalo sísmico deixou centenas de mortos. A cidade até hoje não se recuperou.
A Sputnik entrevistou o cientista russo, Aleksandr Lyubushin, que chefia o Instituto de Física da Terra da Academia de Ciências da Rússia, sobre o assunto. Eis o que ele falou:
"Embora a região central da Itália não seja uma área de elevado risco sísmico, terremotos fortes são típicos nessa área. A mais alta magnitude de tremores que podem acontecer não supera os 6 pontos", explica.
Segundo ele, o perigo é enfrentado em pequenas regiões, situadas em montanhas na região central da Itália, onde há muitas casas antigas, que não são resistentes a terremotos.
A Itália está entre os países que mais recebem turistas. Mesmo assim, os terremotos ocorrem longe das grandes cidades italianas, fazendo com que os locais sejam o principal alvo dos tremores.
Questionado sobre riscos sísmicos em Moscou, Lyubushin comentou:
"Moscou apresenta condições geológicas normais, com plataforma sísmica tranquila no centro. É por isso que a possibilidade de terremotos na capital russa é extremamente baixa".
Contudo, segundo ele, em Moscou é possível observar o fenômeno de ondas sísmicas vindas da Romênia e outras, em grandes profundidades, de uma área que vai da Grécia até a Finlândia. Essas ondas não são perigosas.
Quando foi registrada, no mar de Okhotsk, uma magnitude de 8.3 na escala de Richter, Moscou sentiu as consequências das ondas.
Embora seja difícil prever tal fenômeno, o especialista russo sublinhou que o Japão faz o máximo possível para que sejam minimizadas as consequências causadas por abalos sísmicos futuros.
"Não é segredo que os japoneses vivem preocupados por causa disso e até elaboraram seu próprio programa nacional para prevenir consequências causadas por terremoto perto de Tóquio", conclui.