Os comunistas italianos não conseguiram ganhar mandatos por várias vezes, a quantidade de membros do Partido Comunista Francês está diminuindo ano após ano. A influência do partido comunista da Espanha está praticamente ao nível zero. Nesta situação, o partido comunista do Japão, país que é parte do G7, mostra os resultados mais impressionantes.
The Japanese Communist Party commemorates the 94th anniversary of its founding (Aug.5/2016, Tokyo) pic.twitter.com/iZCWiW2qCq
— Japan Press Weekly (@JapanPress_wky) 8 августа 2016 г.
Neste momento, o partido comunista do Japão conta com 320 mil membros. Cerca de 20% são jovens e 45% são mulheres. Nas últimas eleições o partido ganhou 10,7% dos votos e conseguiu eleger 14 dos seus membros para o Senado do Japão, reforçando aí as suas posições.
"Os comunistas do Japão superam o partido socialdemocrata do Japão e as novas associações politicas nas questões de influência. Foi o Partido Comunista Japonês que não só mostrou uma capacidade de sobrevivência nos anos da crise econômica, como também conseguiu reforçar suas posições políticas e eleitorais", acredita o doutor em ciências históricas e professor da Universidade Estatal de São Petersburgo Ruslan Kostyuk.
"Os comunistas japoneses estão se manifestando contra a dependência dos EUA e procuram obter a retirada das bases militares dos EUA. […] O Partido Comunista está contra a celebração do Acordo de Parceria Econômica Estratégica Trans-Pacífico e é a favor da democratização das atividades das empresas internacionais e da expansão dos direitos sociais da população ativa", comunicou ele.
Essas posições do partido atraíram estudantes de esquerda e jovens ativistas. Isso parece surpreendente, mas no Japão, o país das tecnologias avançados e aparelhos tecnológicos, o Partido Comunista ganha influência, o que, segundo vários analistas, está associado ao cansaço dos eleitores dos partidos tradicionais.