A medida busca incentivar a função social da empresa em dificuldade, preservando empregos e gerando renda. Segundo o BNDES, o comprador só poderá participar do financiamento com o propósito de empreender atividade econômica, ainda que seja diversa da exercida pela vendedora. Segundo dados do BNDES, 923 empresas entraram em recuperação judicial no primeiro semestre deste ano, número quase 90% maior que o mesmo período de 2015.
"É um jogo de ganhadores totais. Ganha a empresa em recuperação judicial, ela vai sair desse processo e ganham os potenciais compradores, porque eles passam a ter um financiamento específico para isso. Por fim, ganha a sociedade brasileira, porque a gente consegue preservar empregos; e ganha o País, porque você está ativando o crescimento", diz a presidente do banco, Maria Silvia Bastos Marques.
A outra medida anunciada foi a prorrogação do prazo de vigência do Apoio ao Fortalecimento da Capacidade de Geração de Emprego e Renda (BNDES Progeren) até 31 de dezembro de 2017. O Progeren recebeu reforçou orçamentário de R$ 2,3 bilhões, totalizando R$ 10 bilhões. Desse montante, R$ 7 bilhões serão destinados a micro, pequenas e médias empresas, com faturamento anual de até R$ 90 milhões.
O banco reduziu também os custos financeiros do programa. A taxa para micro, pequenas e médias empresas caiu para 9,50% ao ano. As médias-grandes terão taxa de 13,06% ao ano, enquanto as grandes passarão para 16,61%.