“Querer dizer que a crise fiscal do país é por conta de três decretos e uma operação de subsídio é inverter completamente a realidade. Não sei em que mundo estaríamos se uma crise na proporção que o Brasil está vivendo fosse devido a isto” – afirmou Dilma.
Simone Tebet afirmou que o governo Dilma “vendeu um Brasil irreal aos brasileiros” e a “maquiagem” das contas levou à perda de confiança dos investidores, recessão e desemprego recorde. “Não inventei a crise” – rebateu Dilma.
“Vocês estão criminalizando a política fiscal. Não foi o Brasil que passou por uma crise. Desde 2009 começamos a enfrentar a maior crise no mundo” – disse Dilma ao defender a política adotada durante o governo Lula, com medidas, segundo ela, anticíclicas para evitar que a crise afetasse o país.
Sobre a acusação de ter editado decretos suplementares sem autorização do Poder Legislativo, Dilma repetiu que os instrumentos não criaram novas despesas e, sim, um remanejamento do uso de recursos da União. Ela ainda lembrou que havia um projeto de revisão da meta [fiscal] em tramitação no Congresso e disse que a meta “não é uma ação unilateral do Executivo”.
“Neste processo não está prevista a intervenção da presidente da República. Isto não mudou. Que eu não estava presente não é porque eu queria ou não. É que não estava previsto. Fica muito difícil me condenar por algo que não tem fundamento” – afirmou a presidenta.