Hoje o Japão participa ativamente em operações de paz em todo o mundo. O interesse de Tóquio pelas operações no estrangeiro surge primeiro por causa de sua intenção em demonstrar atividade do Japão como membro da ONU e que ele merece ser incluído na composição permanente do Conselho da Segurança da ONU.
Mas, entretanto Tóquio não reagiu à proposta do Ministério da Defesa russo sobre a operação humanitária.
Russia asks Japan to send SDF for humanitarian mission in conflict-hit Syrian city of Aleppo https://t.co/aqacyvtxuZ
— The Japan Times (@japantimes) 27 августа 2016 г.
"Este assunto é muito especifico para o Japão, considerando o estatuto pacifista do país. Mas além do mais, isto é a manifestação de uma certa dependência do Japão devido ao seu Acordo de Segurança com os EUA. Ele contém artigos que limitam a cooperação militar do Japão com outros países. Inclusive a formação de qualquer aliança ou concessão do seu território. E cada proposta desse tipo, mesmo se for referente a missões humanitárias, exige um acordo entre Tóquio e Washington", explicou ele.
"Devido a essa circunstância, o Japão tem certas diferenças com a posição da Rússia. Nomeadamente, quem deve ser considerado como terroristas e se é preciso apoiar o regime de Assad", acrescenta o analista.
"A Rússia está considerando o Japão como parceiro não só no domínio da diplomacia, mas também na cooperação militar. Em todo caso nas missões humanitárias", sublinhou Dmitry Streltsov.
Segundo o analista, este é um ponto importante que distingue a Rússia da China, a qual avalia negativamente a política de segurança de Tóquio.
Not sure China will be too happy about Putin kindly 'inviting' Japan to take part in the occupation of Aleppo. https://t.co/awqBWw87bP
— Phil Greaves (@PhilGreaves01) 27 августа 2016 г.
O Japão já acumulou uma grande experiência em operações humanitárias: em recuperação de infraestruturas e na construção de instalações civis destruídas por causa da guerra no Iraque e no Afeganistão. É provável, segundo o analista, que a Rússia acredite que na Síria haja demanda por essa experiência do Japão.