A carta cita como justificativa ao adiamento da venda, a morte constante de civis do Iêmen causada pelos ataques aéreos da coalizão liderada pela Arábia Saudita.
"Esta campanha militar vem causando um impacto muito preocupante sobre os civis. Apenas nos últimos dias, um ataque aéreo saudita em uma escola no Iêmen matou 10 crianças, algumas com apenas 6 anos de idade", a edição norte-americana Foreign Policy cita a carta.
Em 9 de agosto, o Departamento de Estado dos Estados Unidos aprovou a venda de armas e munições para Riade. O Congresso, que voltará a se reunir em 6 de setembro, terá apenas dois dias para bloquear esta decisão.
Iêmen é palco de um conflito militar entre o governo e rebeldes. Desde março de 2015, a coalizão liderada pela Arábia saudita levou países do Golfo Perso a realizar ataques aéreos contra os rebeldes a pedido do governo legítimo.
O Conselho de Direitos Humanos da ONU disse em um relatório no início deste mês que cerca de 3.800 civis foram mortos e mais de 6.700 ficaram feridos no Iêmen entre março de 2015 e agosto de 2016.