Para o coordenador da Federação Nacional dos Petroleiros e do Sindipetro-RJ, Emanuel Cancela, a tendência é que a rejeição ao governo Temer se amplie e se manifeste nas eleições municipais de outubro.
"As pesquisas feitas agora nas eleições municipais apontam que em todos os municípios predomina o ‘Fora Temer’, a rejeição ao Temer, e esse movimento cresce a cada dia e só se sustenta (o governo interino) por conta da mídia que, diferentemente do que fazia no governo Dilma, escondia as coisas positivas e fortalecia e até mesmo criava coisas negativas."
Cancela diz que o dispositivo de impeachment tem que existir sempre na Constituição, mas tem que ter fundamento e motivado.
"O crime que diziam que Dilma tinha cometido, os próprios peritos do Senado disseram que não houve pedalada. Na verdade é um julgamento político."
Quanto à estratégias futura, na hipótese de um afastamento definitivo da presidente Dilma, Cancela diz que o espírito será de enfrentamento.
"Estamos engajados na Frente Brasil Popular, na Povo sem Medo e na chamada Terceira Via, o setor mais à esquerda agora (PSTU, parte do PCB e parte do PSOL), e estamos todos juntos no mesmo palanque. A luta do ‘Fora Temer’ é de todo o movimento popular, social, organizado. Estamos unidos, inclusive discutindo nossa greve unificada. Todo esse julgamento, toda essa crise não se encerra agora. Estamos trabalhando para barrar o golpe no Senado e no pós votação. Essa luta vai continuar cada vez mais forte para desmascarar os golpistas."