'Por um futuro impregnado pela luz'

© REUTERS / Soe Zeya TunUm grupo de policiais é visto em Bagan, Mianmar, depois do terremoto que sacudiu o país, em 25 de agosto
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Nesta quarta-feira (31), Mianmar realiza uma conferência de paz na capital, Naypidaw, que visa pôr fim a todos os conflitos que restam como legado da guerra civil iniciada em 1949 no país.

A conferência foi inaugurada por Aun San Suu Kyi, conselheira de Estado (este cargo corresponde ao de primeiro-ministro). No seu discurso de abertura, citado pelo jornal Myanmar Times, ela apelou à "compreensão mútua e cooperação" para resolver os conflitos e acalmar as tensões.

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Ela enviou também agradecimentos ao ex-presidente do país, U Thein Sein, que, em 2013, convidou as organizações étnicas a colaborarem com o governo. Esta colaboração, frisa a conselheira de Estado, culminou na assinatura de um acordo abrangente de cessar-fogo dois anos depois. Contudo, aquele documento virou alvo de críticas, porque só oito organizações (entre muitas outras) o assinaram. E essas organizações tinham abandonado as hostilidades havia tempo.

No seu discurso, Aun San Suu Kyi insistiu que o seu governo "se esforçou também para integrar os não-assinantes no processo de revisão do acordo-quadro". O objetivo final da conferência, segundo ela, é promover a possibilidade de "criar um futuro impregnado pela luz".

A questão étnica foi destacada também pelo comandante-em-chefe do exército mianmarense, o general Min Aung Hlaing, dizendo que "nós devemos manter um diálogo de paz sem sermos etnocêntricos demais".

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O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, também assistiu à inauguração da conferência, que já foi batizada pelos organizadores de "segunda conferência de Panglong" (em homenagem ao fórum de todas as etnias de Mianmar em 1947). Ele parabenizou os esforços mianmarenses de pacificação e notou que a reconciliação nacional é "o que a comunidade internacional espera" do país.

Depois da independência obtida em 1948, o país viveu uma série de golpes e conflitos. Em 2011, o presidente U Thein Sein aboliu um regime militar que tinha durado quase 60 anos.

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