Um dos mais vigorosos defensores de Dilma Rousseff em sua manutenção na Presidência da República, para que cumprisse seu segundo mandato consecutivo até o final (31 de dezembro de 2018), Roberto Requião (PMDB-PR) explica:
"Eu era opositor da Presidente Dilma Rousseff. Eu tinha uma visão mais nacionalista, mais progressista à esquerda. Mas a presidente não cometeu crime de responsabilidade. O impeachment foi resultado de interesses geopolíticos, notadamente de países fortes como os Estados Unidos, e do capital financeiro, que é um capital vazio, não produtivo."
O senador paranaense acrescenta:
"A vaidade do Michel Temer fez com que ele aceitasse um projeto que se chamou Ponte para o Futuro. Esse projeto é um retrocesso brutal na construção do estado democrático e social no Brasil. Este é um projeto liberal, moribundo, é um projeto que faliu a Grécia e criou sérios problemas em Portugal, Espanha, Itália, etc. Este projeto encontrou abrigo na vaidade de Michel Temer, que queria porque queria atingir a Presidência da República."
O Senador Roberto Requião também esclarece os motivos de sua recente fala no Senado, de que, se a Presidente Dilma Rousseff fosse afastada, como de fato o foi, o Brasil caminharia para uma guerra civil:
"Eu disse isso, sim, numa sessão há poucos dias no Senado Federal, em defesa da Presidente Dilma Rousseff. Quando falei isso, eu tinha em mente o que aconteceu na Grécia e poderá acontecer no Brasil. O país não suporta esse retrocesso [a retirada de direitos fundamentais], e se isso acontecer nós vamos para o conflito."