No final do terceiro dia consecutivo de sessões extraordinárias dedicadas ao impeachment, 61 dos 81 senadores votaram a favor do impedimento da presidente afastada.
20 dos senadores votaram contra. Não teve nenhuma abstenção.
Agora, as funções de presidente serão assumidas pelo até agora presidente interino, Michel Temer, ex-vice de Dilma. A posse já está prevista para hoje e a cerimônia será "encurtada" para que o novo presidente possa viajar, logo em seguida, à China para participar da cúpula do G20.
O pedido de impeachment de Dilma Rousseff foi aceito pelo então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, em 2 de dezembro de 2015. Em 17 de abril de 2016, o plenário da Câmara aprovou o relatório com 367 votos favoráveis e 137 contrários. A Comissão Especial do Senado aprovou o parecer do seu relator por 15 votos favoráveis contra cinco contrários. Em 12 de maio, o Senado aprovou a abertura definitiva do processo de impeachment, por 55 votos contra 22, sendo Dilma afastada temporariamente até a conclusão do processo.
Antes, em 9 de maio, o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (que substituía Cunha, investigado pela Comissão de Ética e pelo Supremo Tribunal Federal), tentou anular a votação do plenário. A sua decisão não surtiu efeito para o presidente do Senado, Renan Calheiros, que insistiu na continuação do processo; porém, naquela mesma noite, Maranhão anulou a sua própria anulação, cessando a polêmica.
Dilma é acusada de participar de "pedaladas fiscais", financiar bancos públicos com recursos do Tesouro Nacional e de editar decretos sem consulta ao Congresso.