Um comunicado anterior do governo dizia que apenas uma pessoa havia morrido e que seis ficaram feridas no episódio, mas o número oficial foi atualizado no final do dia para 23 mortos, número mais próximo aos relatos da mídia local.
O comunicado do governo disse ainda que 21 dos presos morreram por asfixia em meio a uma debandada, enquanto outros dois foram mortos ao tentar escapar da prisão, de acordo com a estatal Fana Broadcasting Corporation.
Dois edifícios foram danificados pelo fogo e nove prisioneiros e policiais feridos estão sendo tratados, relatou a Fana. Os detentos restantes foram alegadamente transferidos para outras instalações.
Não houve nenhuma explicação oficial sobre a causa do incêndio.
Muitos dos detentos de Qilinto foram presos na atual campanha de repressão do governo contra os protestos populares que vem tomando a região central de Oromo e outras partes do país nos últimos meses.
A Human Rights Watch estima que mais de 400 pessoas envolvidas nos protestos antigovernamentais tenham sido mortas pelas forças de segurança desde novembro.