Desde que assumiu o poder em junho, Duterte lidera uma guerra contra as drogas. Estima-se que 2.400 pessoas foram mortas por ‘esquadrões da morte’. Investigações sobre as mortes não foram realizadas, causando críticas internacionais.
Antes de ir a Laos para a cúpula da ASEAN na segunda-feira, Duterte frisou que é um líder de um país soberano e responsável apenas pelo povo filipino.
Segundo ele, Obama deve agir com respeito e tomar cuidado quando lança perguntas sobre as mortes, "[ou] filho da p***, vou te xingar nesse fórum".
Em resposta à pergunta de um repórter sobre como ele pretende explicar os recentes acontecimentos nas Filipinas para Obama, Duterte disse:
"Quem é ele para me confrontar? Além disso, os EUA estão cheios de perguntas sem resposta”.
Cerca de 900 pessoas foram mortas durante operações policiais, enquanto as outras foram tidas como "mortes sob investigação", termo utilizado por defensores de direitos humanos ao invés da palavra assassinato.
Na mesma conferência, Duterte disse aos jornalistas: "Eles [traficantes] serão mortos até não haver mais <…> Vamos continuar até que [último] fabricante de drogas esteja morto".
Obama não é o único líder mundial a ser xingado por Duterte. Aos 71 anos de idade, Duterte também já ameaçou retirar as Filipinas da Organização das Nações Unidas (ONU) e sugeriu propor à China e às nações africanas a criação de um novo bloco internacional. (ANSA)