O tribunal vai investigar os crimes cometidos contra sérvios pelos representantes do chamado Exército de Libertação do Kosovo durante e após o conflito.
No início, Schwendiman foi promotor-chefe da Força Tarefa Investigativa Especial no Kosovo e depois foi promotor de crimes de guerra na Bósnia e Herzegovina.
A nomeação de Schwendiman foi comentada em uma entrevista à Sputnik pelo presidente da Comissão do Kosovo e Metohija na Assembleia da Sérvia Milovan Drecun. De acordo com ele, é muito importante saber se o novo tribunal vai aderir aos mais altos padrões internacionais:
"Se houver novamente situações semelhantes às que tiveram lugar no Tribunal Internacional para a ex-Iugoslávia (TPIJ), claro que não será necessário falar sobre padrões elevados. <…> Isso depende da pressão política", disse Dretsun.
O famoso advogado sérvio Goran Petronijevic, indicou em uma entrevista que ele não acredita na objetividade do novo Tribunal.
"Quem está familiarizado com o trabalho do sistema judicial em que os americanos afirmam sua predominância, como o Tribunal para a ex-Iugoslávia, ou que afetam os americanos através de suas embaixadas, sabe que os EUA determinam a política de perseguição jurídica em uma determinada região".
Anteriormente o Tribunal Penal Internacional para a antiga Iugoslávia não condenou um único representante de alto nível do Exército de Libertação do Kosovo e não prestou atenção ao fato de, durante o processo, testemunhas da acusação frequentemente morrerem em circunstâncias estranhas. Ao mesmo tempo, os antigos dirigentes iugoslavos foram condenados a longas penas de encarceramentos: o ex-primeiro-ministro sérvio Nikola Sainovic, o ex-Chefe do Estado-Maior General Dragoljub Ojdanic, enquanto o ex-presidente iugoslavo Slobodan Milosevic morreu na prisão antes do veredicto.