Geddel Vieira Lima explicou que a ideia do governo é que o processo ocorra antes das eleições municipais, pois como o governo tem pressa em aprovar a reforma da Previdência, sabe que será difícil ter o quórum necessário no Congresso durante o período eleitoral. A previsão do governo é passar o texto na Comissão de Constituição e Justiça ainda este ano, mas ele só deve ir a plenário tanto na Câmara, quanto no Senado até o fim do primeiro semestre de 2017.
O ministro confirmou ainda os dados de que a reforma da Previdência está prevendo uma aposentadoria com o limite mínimo de 65 anos. Os ajustes técnicos que estão faltando dizem respeito a quando essa proposta começa a valer. Se para os trabalhadores até os 50 anos, ou até os 45 anos, no caso de mulheres e professores.
"Nós vamos ainda amarrar com os operadores políticos do governo no Congresso, presidente de Câmara, presidente do Senado e líderes para ver o melhor momento de mandar, mas já definido por decisão do presidente que será agora em setembro. Não há nenhuma divergência, tratei do tema com o senador Aécio Neves e com o deputado Rodrigo Maia, é mais uma questão de estratégia parlamentar e não de mérito da proposta. A decisão de se encaminhar uma reforma da Previdência, ela é absolutamente irreversível."
O Ministro da Secretaria de Governo disse ainda que durante todo o processo, o governo vai fazer uma campanha de conscientização junto à população sobre o porque da necessidade da reforma da Previdência.
"O governo já tomou essa decisão, acha que não tem condição de a Previdência manter-se do jeito que está, com os parâmetros que está, e o nosso objetivo é criar as condições para que no futuro aqueles que dependem da Previdência possam ter a certeza de que receberão seus benefícios e não viverão com a Previdência quebrada."
Geddel deu a entender também que a pressa do Palácio do Planalto em enviar essa proposta para a Câmara dos Deputados faria parte de uma espécie de agenda positiva do governo Temer, já que o presidente tem sido alvo de muitas manifestações pelo país. O ministro da secretaria de Governo afirmou que a base aliada ao governo segue unida, mesmo sem ter ainda uma definição sobre o calendário de votação da reforma da Previdência.