Hickey chegou a ser preso por alguns dias no mês passado por suspeita de envolvimento em esquema internacional de venda de ingressos acima do preço impresso nos bilhetes, o que teria rendido US$ 10 milhões aos envolvidos, segundo as investigações da polícia.
A polícia esperava intimar Thomas Bach como testemunha nesta semana, que viria para a cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos. O presidente da entidade desmarcou a viagem na última hora, com a justifica que precisou ir a um velório de um membro do comitê. Esta é primeira vez na história do evento que o presidente do COI falta à abertura de uma Paralimpíada.
Ao todo, dez pessoas, todas estrangeiras, foram indiciadas pelos crimes de facilitação de cambismo, associação criminosa, marketing de emboscada, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. Além do irlandês, dois funcionários da empresa inglesa THG foram presos em flagrante pela Delegacia de Defraudações da Polícia Civil com mil ingressos que estavam sendo comercializados por preços elevados. Kevin Mallon, diretor da empresa britânica THG, especializada em ingressos e hospitalidade de grandes eventos, também chegou a ser detido e atualmente cumpre pena domiciliar no Brasil. Ele e Hickey foram indiciados e estão proibidos de deixar o país. Os demais estão no exterior.
Também estão sendo investigados funcionários da Cartan e Pro10, empresas de revenda autorizadas que repassaram ingressos para a THG. O presidente da THG, James Sinton, já tinha sido investigado por cambismo na Copa do Mundo de 2014.