O Brasil se comprometeu a reduzir a emissão de gases do efeito estufa em 37%, até 2025, podendo chegar a 43% até 2030, em comparação com os níveis de 2005. Os países que assinaram o Acordo prometem ainda trabalhar para limitar o aquecimento global a 1,5º C em relação aos níveis do período pré-industrial.
Em cerimônia no Palácio do Planalto, Michel Temer ressaltou em discurso que a questão climática, não é apenas uma questão de um governo ou outro governo. Esta é uma questão de Estado. Temer afirmou que está ratificando e seguindo com o trabalho que começou no passado com a realização da Eco 92 e a Rio + 20, que revelaram ao mundo a preocupação do Brasil com o meio ambiente.
"A preocupação do nosso país com o meio ambiente. Os vários chefes de Estado e de Governo, que vieram para cá na Eco 92 e depois na Rio + 20, verificaram, olharam e voltaram para seus países dizendo, o Brasil não só estabelece na sua legislação estruturante, que é a Constituição, a preservação, a conservação e a luta pelo meio ambiente, como também executa aquilo que está previsto no texto constitucional. Com isso eu quero significar, que o Brasil ao longo do tempo colaborou muitíssimo para a questão do meio ambiente. É claro que esses exemplos que estou mencionando revelam a dimensão do Brasil aos olhos internacionais. Quando nós assinamos, ratificamos o Tratado de Paris que vamos depositar agora, precisamente no dia 19, entre o dia 19 e 20, junto ao secretário geral da ONU, Ban Ki-moon. Nós estamos, na verdade, seguindo na trilha que o Brasil já começou lá atrás."
Também presente à cerimônia, o Ministro do Ambiente, Sarney Filho destacou em discurso, que a mudança do clima é o maior desafio global do século, mas também uma oportunidade para reorientar o projeto de desenvolvimento econômico sustentável do Brasil.
"Temos consciência de que um novo projeto de desenvolvimento, que coloque o país no rumo certo da economia limpa de baixa emissões gerará empregos qualificados e disseminará uma cultura de respeito e integração ao meio ambiente. Esse projeto que precisa ser encampado por toda a sociedade, como um verdadeiro projeto nacional, deverá dar plena atenção aos direitos humanos, e em particular, aos direitos dos trabalhadores de setores afetados pelas políticas e ações, a eles relacionadas. Terá também em devida consideração as questões de gênero, e a abertura e a participação de toda a sociedade. Sabemos que o preço de nada fazer em relação à mudança do clima seria muito alto para todos, especialmente os mais desassistidos. São justamente os mais pobres que mais sofrerão se não agirmos com uma visão integrada, ambiental, econômica e social para enfrentar com denodo esse grave problema."
Para que o pacto entre em vigor ele precisa ser ratificado por, pelo menos, 55 países, que somem 55% das emissões globais, ou seja, transformar o Acordo do clima em lei nacionais. Até agora, 27 países responsáveis por quase 40% das emissões globais assinaram o Acordo.