Cameron deixou o cargo de primeiro-ministro em junho, horas depois de a Grã-Bretanha ter votado sim no referendo para sair da União Europeia.
"Na minha opinião, com a política moderna, com as circunstâncias da minha renúncia, não é realmente possível ser um parlamentar “backbench” [termo que designa os membros do parlamento britânico que não ocupam posições oficiais no governo ou em um partido político de oposição] adequado sendo um ex-primeiro-ministro", disse Cameron.
"Eu acho que tudo que você [no caso, Cameron] faz se torna uma grande distração e um grande desvio do que o governo precisa fazer para o nosso país", acrescentou o expremiê.
A renúncia de Cameron do parlamento foi extraordinariamente rápida – ex-primeiros-ministros normalmente retêm seus assentos na Câmara dos Comuns por vários anos depois de deixar a residência oficial em Downing Street.