"Israel promove uma política clara de ficar fora da guerra na Síria, a não ser que seus interesses sejam diretamente afetados", disse ele à Rádio Sputnik.
Ao mesmo tempo, Lawrence Wilkerson, antigo militar do Exército dos EUA e antigo chefe do Estado-Maior, disse ao site de notícias The Real News Network:
"Acredito que o que a liderança israelense está pensando é que quanto mais longa for a guerra, mais seguro fica Israel".
Ele lembrou as palavras do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que disse que as Colinas de Golã pertencem a Israel para sempre e que o país nunca abdicará delas. Também o país tentará conquistar tudo o que for possível durante este caos para aumentar a distância que terá de atravessar o inimigo para invadir Israel.
"Ao mesmo tempo, todas essas potências estão ocupadas se matando uma à outra <…> e não podem tratar de Israel. Assim, um resultado direto do que está acontecendo na Síria no momento atual é a sensação de mais segurança para Israel", disse.
Efraim Inbar disse que Israel anexou as Colinas de Golã ainda em 1981 e agora afirma que são parte inalienável do território israelense. Houve tentativas para negociar o assunto, mas elas se tornaram pouco frutíferas. Segundo o especialista, nas circunstâncias atuais não há qualquer possibilidade de que as negociações sobre isso se reiniciem.
Devemos lembrar que hoje (13) o representante oficial do Exército sírio, general Samir Suleiman, confirmou as informações sobre o abate de um avião militar e um drone israelenses na Síria. O militar disse que o abate foi uma resposta aos ataques do caça israelense F-16 contra posições do Exército sírio em Quneitra. O drone foi abatido sobre o subúrbio Sasa de Damasco.
O general acrescentou que a Força Aérea israelense atacava as posições sírias para apoiar os terroristas que sofreram baixas durante o último combate contra tropas governamentais da Síria.