Na segunda-feira, a Rússia e a China lançaram os exercícios navais conjuntos "Interação Naval 2016", que envolverão dois submarinos, 13 navios de superfície, 20 aviões e helicópteros, mais de 250 fuzileiros navais, bem como 12 veículos blindados e veículos blindados anfíbios do Exército de Libertação Popular da China e da Frota do Pacífico russa.
"Todos estes países entendem muito bem que a verdadeira razão para as manobras russo-chinesas é a crescente atividade da Marinha dos EUA na região. Por exemplo, o número de submarinos norte-americanos aumentou muito nos últimos tempos", disse Mosyakov.
Em Julho, o Tribunal Permanente de Haia decidiu a favor das Filipinas em sua disputa territorial com a China sobre o mar do Sul da China. Manila levou o caso a tribunal em 2013, com o apoio dos EUA. No entanto, a China se recusou a reconhecer a jurisdição do tribunal sobre a disputa, e em vez disso pediu negociações bilaterais entre as partes em litígio.
O capitão-de-mar-guerra Konstantin Sivkov, doutor em ciências militares, disse ao Vzglyad que, enquanto a Rússia não interfere na disputa regional, sua participação nos exercícios com a China se destina a demonstrar o apoio ao seu parceiro:
"Neste momento a China é o único país que precisa de tecnologias e matérias-primas russas e ao mesmo tempo tem a capacidade de apoiar a Rússia. O principal é que a China é um verdadeiro adversário capaz de concorrer com os EUA", disse Sivkov.
Корабли #ТОФ прибыли в #КНР для участия в учении РФ и Китая #МорскоеВзаимодействие2016 https://t.co/MLPXEdRNBs pic.twitter.com/NMVdWai5B6
— Минобороны России (@mod_russia) 12 сентября 2016 г.
Ministério da Defesa da Rússia informa que navios da Frota do Pacífico russa chegaram à China para participar nos exercícios navais "Interação Naval 2016"
Nos dias 12-19 de setembro, as marinhas dos dois países conduzirão operações de busca, salvamento e proteção, tais como a proteção de navios ancorados e a liberação de um navio capturado. As partes também praticarão lançamentos de mísseis e fogo de artilharia, simulando ataques a alvos navais. Na fase final dos exercícios, as forças armadas russas e chinesas realizarão um desembarque conjunto em uma ilha hipoteticamente capturada, usando paraquedistas e unidades de fuzileiros navais.