O relatório fala sobre ameaças falsas da Rússia concluindo que a OTAN "oferece mais vantagens". Ao mesmo tempo à Suécia foi recomendado manter distância de seu vizinho, a Finlândia.
O ponto crucial do relatório publicado pelo jornal sueco Dagens Nyheter é o seguinte:
"O efeito mais sensível da adesão à OTAN será o desaparecimento das incertezas existentes sobre como a crise no Báltico se irá desenvolver. Ao mesmo tempo, a capacidade do Ocidente de conter o conflito deverá aumentar."
O relatório enfatiza que a confrontação entre a Rússia e o Ocidente mudou da Europa Central para a região do Báltico, o que deixa a Suécia bastante vulnerável. A Rússia é considerada "o único país próximo à Suécia que pode realizar uma agressão militar contra países vizinhos", tomando em conta sua imprevisibilidade, desejo de abalar a OTAN e aspiração à guerra híbrida, diz o relatório.
Atualmente vários especialistas suecos creem que a Suécia não é um alvo da Rússia enquanto o país for parte integrante da aliança militar. Mas o ex-presidente do Instituto da Defesa Karlis Neretnieks publicou uma teoria, de acordo com a qual a Rússia poderá tentar "alugar" a ilha sueca de Gotlândia a fim de lá instalar unidades de defesa antiaérea para o caso de eventual conflito militar com a OTAN nos Países Bálticos. Além disso, opina o embaixador, a Rússia poderá evitar com que Gotlândia se torne uma plataforma dos EUA na agressão contra o país.
O relatório indica que as Forças Armadas suecas dependem muito de outros países, especialmente no caso de emergência, e diz que a adesão o país à OTAN é a alternativa preferível para a Suécia. De acordo com Bringéus, a integração do país na aliança militar poderá dar garantias de defesa mútua e facilitar exportações militares.
Apesar disso, segundo o relatório, o ministro da Defesa da Suécia Peter Hultqvist e a ministra das Relações Exteriores Margot Wallstrom deixaram claro que o país não considera a adesão à OTAN como opção.