Kerry busca abafar críticas ao plano de cessar-fogo na Síria entre EUA e Rússia

© AP Photo / Ronald ZakJohn Kerry, secretário de Estado dos EUA, sai do carro chegando à conferência sobre Líbia em Viena, em 16 de maio de 2016
John Kerry, secretário de Estado dos EUA, sai do carro chegando à conferência sobre Líbia em Viena, em 16 de maio de 2016 - Sputnik Brasil
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O secretário de Estado, John Kerry, procurou nesta quarta-feira (14) abafar as críticas sobre o cessar-fogo na Síria apoiado pela Rússia e os Estados Unidos, argumentando que sem o pacto a violência iria aumentar significativamente, o que causaria a morte e deslocamento de mais sírios.

O acordo alcançado na última sexta-feira entre Kerry e ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, em Genebra, prevê a redução da violência por um período de sete dias e aumentar a entrega de ajuda humanitária.

Se a trégua for observada, os exércitos dos Estados Unidos e da Rússia começariam a coordenar ataques aéreos contra militantes da Frente Nusra e do Daesh (Estado Islâmico) em uma área acordada.

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O plano visa também aproximar as partes envolvidas no conflito sírio para conversações sobre uma transição política, o que significaria a renúncia do presidente sírio, Bashar Assad.

"É a última chance de manter a Síria unida", disse Kerry em entrevista à rádio NPR. "Se falharmos agora em alcançar o cessar-fogo e não podermos chegar à mesa (de negociações), então a luta vai aumentar significativamente".

"Qual é a alternativa? A alternativa é permitirmos passar de 450.000 pessoas que foram mortas para quantos milhares mais? Que Aleppo seja completamente invadida? Que os russos e Assad simplesmente bombardeiem indiscriminadamente ao longo dos próximos dias e nós sentamos sem fazer nada?", questionou Kerry.

Altos funcionários militares e da inteligência dos Estados Unidos têm criticado o plano ao sustentar que a Rússia não é confiável. O acordo prevê que o Exército norte-americano compartilhe informações sobre alvos de ataque a militantes com as forças russas. Kerry destacou que o plano tem o apoio do presidente Barack Obama, com quem ele se reuniu na última terça-feira.

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