Um dos participantes do encontro de terça-feira, 13, o Deputado José Guimarães (PT-CE), revela detalhes do que foi abordado na reunião:
"O Partido dos Trabalhadores precisa se reestruturar e se fortalecer novamente perante a sociedade brasileira. Para isso, terá de se mobilizar e exercer uma oposição vigorosa contra um Governo que aplicou o golpe na Presidente Dilma Rousseff", afirma Guimarães.
O deputado petista acrescenta:
"De acordo com as recomendações do Presidente Lula, vamos nos mobilizar de todas as formas possíveis, utilizando inclusive as redes sociais e as rádios comunitárias. Vamos adotar o lema 'Nenhum direito a menos' para marcar a nossa luta contra os planos de um Governo que deseja suprimir do povo direitos sociais, trabalhistas e previdenciários. De modo que tudo isto precisamos mostrar à sociedade de uma forma muito vigorosa. Na quinta e na sexta-feira, dias 15 e 16, a Direção Nacional do PT estará reunida para definir todas as formas de ação que iremos empreender. Já definimos que as eleições para a Direção Nacional do Partido dos Trabalhadores, a princípio marcadas para meados do próximo ano, serão realizadas no início de 2017."
Já o Senador José Maranhão (PMDB-PB) considera que Lula está de acordo com o PMDB:
"O Lula abraçou as ideias do PMDB. Nosso partido jamais admitiu qualquer direito a menos para os trabalhadores e para a população em geral. São ideais que carregamos e exibimos à opinião pública desde a fundação do partido. Então, eu fico feliz em ver que o Lula está abraçando as nossas ideias."
O senador paraibano também rechaça as acusações do Partido dos Trabalhadores de que o Governo Michel Temer pretenda suprimir direitos da população:
"Isto é uma grande balela do PT, assim como sua outra grande balela, que é propagar a ideia de que o PMDB articulou um golpe contra a Presidente Dilma Rousseff. Ora, o Presidente Michel Temer, vice de Dilma, assumiu a Presidência da República em razão do afastamento de sua antecessora. O que aconteceu, por parte do Governo Michel Temer, foi a mais pura observância do que está previsto na Constituição Federal. São afirmações que não se sustentam, assim como não se sustenta a alegação de que o presidente irá suprimir direitos sociais, trabalhistas e previdenciários. Nada disso irá acontecer."
Na manhã desta quarta-feira, 14, Michel Temer fez um pronunciamento negando que o seu Governo tenha qualquer intenção de suprimir direitos. Segundo o presidente, a nova estratégia do seu Governo será responder, com a devida ênfase, às acusações que tem recebido desde que assumiu a Presidência da República: "Nenhum direito será suprimido", assegurou Michel Temer.