Recentemente, Barack Obama criticou duramente o candidato republicano, Donald Trump, devido às suas observações positivas sobre o presidente russo, Vladimir Putin. O atual presidente dos EUA fez tais declarações durante o discurso da campanha da candidata do Partido Democrata, Hillary Clinton.
O ex-diplomata norte-americano e assessor dos republicanos no Senado norte-americano, James George, relatou qual lógica está por trás de tais observações durante sua entrevista à Sputnik:
"Acho que [Obama] continua com todo esse ‘meme russófobo’, pois ele está tentando distrair [o público] <…> dos problemas de saúde de Hillary, escondendo a verdade sobre as complicações e fazendo com que ele [Obama] fique na ofensiva, enquanto eles pensam uma boa forma de trazê-la de volta."
Segundo ele, além da Rússia não ser mais um país comunista, em muitos aspectos, é um país bastante conservador, onde a Igreja desempenha um forte papel na vida pública.
"Os russos não aceitam um monte de coisas: casamentos entre pessoas do mesmo sexo, transgêneros e todos esses absurdos que presenciamos na América e na Europa hoje em dia <…> Um monte de progressista realmente odeia a Rússia", observou o especialista norte-americano.
James George também explicou a lógica por trás dos duros comentários, feitos pelos democratas, sobre Trump e a atitude geral negativa em relação ao candidato republicano.
"Hillary é uma candidata da oligarquia. <…> No entanto, Trump, ninguém sabe como, conseguiu vencer a oligarquia do Partido Republicano. Por isso, nós vemos <…> uma grande parcela dos republicanos que é contra o Trump e a favor de Hillary", disse ele.
Hillary nunca conheceu uma guerra que ela não tenha gostado
Uma das razões, apontada por James George, sobre a preocupação de muitos no que diz respeito às condições políticas e físicas de Hillary, estaria relacionada à possibilidade de "banho de sangue no Partido Democrata durante a decisão de quem, possivelmente, chegaria a substitui-la".
Segundo o ex-diplomata, as perspectivas são mais preocupantes caso ela ganhe a eleição.
"Hillary nunca conheceu uma guerra que ela não tenha gostado. Ela acredita fortemente que os EUA podem, liderando toda humanidade progressista, usar a força militar para transformar o mundo. Estou falando sobre numerosas guerras regionais e, muito possivelmente, o início de uma guerra nuclear contra a Rússia ou contra a China, ou contra ambos", concluiu o ex-diplomata dos EUA.