A política norte-americana na Síria sofreu de contradições desde o início. Embora os EUA insistam na saída do presidente sírio Bashar Assad, os grupos armados que lutam contra o seu regime são islamistas radicais fortemente opositores dos EUA, escreve o analista no The National Interest.
Os EUA ignoram este fato já por alguns anos e continuam armando e treinando a oposição "moderada".
"Continuando a armar e a apoiar a oposição, apesar dos sinais de estabilidade do regime de Assad, [os EUA] ajudaram a transformar tumultos iniciais num impasse terrível que destruiu o país e levou a milhões de refugiados", disse.
Washington deve desistir da política atual e ceder a Síria à Rússia, pois Moscou demonstrou a intenção de ajudar Damasco. Os EUA devem deixar de apoiar os militantes de oposição e retirar as suas tropas.
Na opinião de Gjoza, a saída do conflito é pouco agradável para Washington mas promete algumas vantagens. Os EUA sairão de uma campanha militar cara e desfavorável, mas passarão a responsabilidade por restaurar a ordem no país ao seu adversário – a Rússia – e obrigarão Assad a lutar contra os terroristas. Se o Exército sírio conseguir derrotar o Daesh na operação terrestre e expulsar o movimento jihadista do país, isso ajudará por sua vez as autoridades do Iraque a restabelecer o controle no seu país, concluiu Gjoza.