Na sexta-feira passada (9), a Rússia e os EUA anunciaram ter chegado a um acordo que visa intensificar sua cooperação na questão síria e cessar as hostilidades no país a partir de 12 de setembro.
Segundo o artigo, os EUA e a Rússia "tentam obter progressos significativos […] antes de Obama sair".
A Rússia, segundo a Stratfor, "tem interesse em lidar com o 'diabo que ela conhece' antes de um parceiro desconhecido assumir o poder em Washington".
Porém, a edição sinaliza alguns eventuais problemas no que diz respeito ao término de hostilidades na Síria.
"Embora sua agenda na Síria possa coincidir em muitos aspetos com a da Rússia, os EUA terão tempos difíceis pela frente em isolar os grupos rebeldes que eles se propõem atacar em conjunto com a Rússia", escreve.
Outra sugestão da Stratfor é que a Turquia continuará focada em limitar a expansão dos curdos e usará o cessar-fogo na Síria como oportunidade para fortalecer os grupos rebeldes que apoia.
O autor do artigo crê que "um acordo semelhante está começando a ganhar forma em outro palco de confrontação entre Moscou e o Ocidente."
Dizendo isso, o autor se refere ao cessar-fogo que foi anunciado unilateralmente pelos chefes das autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk no sudeste da Ucrânia na terça-feira e que entrou em vigor na quarta-feira (14). Esse anúncio é percebido como o passo mais significativo feito desde o início do conflito ucraniano.
A Stratfor sugere que "Moscou e Washington alcançaram um ponto crucial nas suas negociações sobre a Síria e Ucrânia".
Porém, na quinta-feira o porta-voz do presidente russo Dmitry Peskov disse que Moscou não assumiu nenhum compromisso para cessar as hostilidades na Ucrânia porque a Rússia não é parte do conflito.
Moscou tem anunciado repetidamente que não está envolvida nos acontecimentos no leste da Ucrânia, mas que defende a mais rápida solução da crise política e econômica no país.