Carreira extraordinária: ex-escrava sexual do Daesh se torna embaixadora da ONU

© Foto / Poste de VeilleNadia Murad Basee Taha
Nadia Murad Basee Taha - Sputnik Brasil
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Uma mulher que foi prisioneira do Daesh acaba de ser nomeada embaixadora de boa vontade da ONU, comunica o jornal Time.

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Nadia Murad Basee Taha, de 23 anos, escravizada pelo grupo terrorista Daesh durante três meses, foi agora indicada embaixadora para a Defesa da Dignidade dos Sobreviventes do Tráfico Humano. 

"Fui usada da maneira que eles me quiseram usar", disse Murad durante a cerimônia. "Após estes acontecimentos na minha vida (…) não tenho mais medo por mim. Não tenho nada a perder. Eu já perdi tudo: honra, respeito, família e comunidade em que vivi". 

A cerimônia de nomeação foi realizada na sexta (16) na sede da ONU, na cidade de Nova York, comunica o Time.

​A mulher se tornou a primeira pessoa a sobreviver à escravidão e a se tornar embaixadora. Ela é nomeada também para o Prêmio Nobel. 

​Nadia Murad é de etnia yazidi, ela nasceu no norte do Iraque. Em 2014 os terroristas do Daesh capturaram todas as mulheres da sua povoação, ela não foi exceção. Passando três meses, Nadia conseguiu fugir. Em 2015 ela apresentou ao Conselho da Segurança da ONU um relatório sobre os crimes cometidos pelo Daesh. Em 2016, foi nomeada para o Prêmio Nobel pelo governo do Iraque.

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