Premiê italiano destruiu unidade da UE

© AFP 2023 / GABRIEL BOUYSPrimeiro-ministro italiano Matteo Renzi
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O primeiro-ministro da Itália Matteo Renzi é um obstáculo para as tentativas de Angela Merkel de demonstrar a unidade da União Europeia, escreve o Politico.

"Os líderes da União Europeia tentaram mostrar uma frente unida, mas a Itália não ficou muito satisfeita com isso", escreve a edição.

Trata-se da cúpula informal da UE em Bratislava – a primeira sem a participação da Grã-Bretanha, que decidiu sair da União.

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O correspondente do Politico Matthew Karnichnig destaca que Merkel se preparou ao pormenor para esta cúpula: durante várias semanas ela visitou as capitais europeias procurando obter "uma posição unida na União, cada vez mais desunida".

Informalmente ela conseguiu obter o resultado desejado: os líderes dos países-membros elaboraram um plano modesto para aperfeiçoar o sistema de segurança e melhorar a situação da economia "moribunda".

"Mas, mesmo assim, não foi possível ocultar os desacordos no bloco", assinala o autor. O premiê italiano mostrou seu descontentamento com os resultados da cúpula em Bratislava.

"Não estou contente com os resultados. Não sou um político que vá afirmar depois da cúpula que tudo está bem e que as rosas vão florescer", disse ele.

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Renzi disse uma coisa em que todos estão pensando: Merkel, tentando alcançar a unidade, não aprofundou as questões importantes e sensíveis como a crise migratória ou as medidas de austeridade económica.

Vários diplomatas destacaram que os líderes realmente não abordaram os temas contraditórios na coletiva de imprensa conjunta depois da cúpula, porque eles precisavam de “um sinal positivo”.

Mas Renzi destruiu a ilusão de unidade respondendo à pergunta porque ele não participou da coletiva de imprensa depois da cúpula.

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"Se eles estão contentes com determinados resultados, eu estou feliz. Mas não posso participar da coletiva de imprensa conjunta com a chanceler alemã e com o presidente francês porque não concordo com os resultados da cúpula no grau em que eles concordam", disse.

A edição sublinha que, antes, a Alemanha estava certa da lealdade de Renzi no que tange à realização de reformas na UE. O fato é que a realidade é diferente, mostrando a complexidade da situação que Angela Merkel enfrenta.

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