A alta representante da UE para Política Externa e Segurança Federica Mogherini proferiu a declaração durante sua conversa com o jornal Politico.
"Nós temos uma noção clara — nos EUA, OTAN e na Europa — que o desenvolvimento da defesa da UE não é uma via para concorrência ou privação da Aliança Transatlântica de algo, mas é uma via para fortalecimento do trabalho transatlântico conjunto", disse.
Ao mesmo tempo, a alta diplomata não excluiu que o Reino Unido "poderia ter um papel" nas futuras operações militares conjuntas da União Europeia mesmo após a saída da União.
"Agora somos 28 [países membros da UE]. No futuro, quando eles [britânicos] deixarem de ser membros da UE, eles não participarão na determinação das nossas prioridades e ações, mas há muitos países que não fazem parte da UE e que participam das nossas missões e operações," destacou.
Na sexta-feira (16), em Bratislava (Eslováquia) foi realizada a cúpula da UE, no âmbito da qual França e Alemanha apresentaram um plano de criação de uma "força militar conjunta", que possa ser comparada com a OTAN por seu potencial militar.
Ainda antes, Federica Mogherini tinha declarado que a criação da força militar não está na agenda mais próxima, mas as propostas concretas relativamente à estratégia europeia na área da defesa e segurança serão feitas já até o fim do ano.