Os ataques deixaram pelo menos 62 militares sírios mortos e cerca de 180 feridos.
O especialista se baseia nos fatos que coletou durante observações da situação no local.
"[Daesh] e o Exército sírio têm estado envolvidos em combates na região por muito tempo. Os EUA nunca intervieram para evitar que o Daesh se expandisse para ocidente, por exemplo quando eles tomaram Palmira no ano passado. Então este é um passo muito inesperado e parece deliberado," notou.
Mesmo a série de ataques do passado fim da semana não parece ter mudado esta posição da administração de Obama.
"Agora que a Síria e os seus aliados estão avançando, não é claro o que os EUA têm na mente. Eu não acho que eles tenham coragem para uma escalação da situação. Eles não têm coragem para começar outra guerra," disse.
Não devemos nos esquecer do acordo de cessar-fogo na Síria, recentemente atingido e anunciado após as negociações de chanceleres russo e americano Sergei Lavrov e John Kerry, respectivamente.
"É verdade que Lavrov e Kerry parecem ter boas relações, não obstante as tensões óbvias, mas é muito difícil ver como você poderia retornar às negociações em tais circunstâncias. Os EUA são estranhos lá. Eles nunca tiveram qualquer base legal para ficar na Síria, fosse qual fosse o seu status. <…> É muito indeterminado o que pode acontecer agora," disse Tim Andersen.
O general-major Igor Konashenkov, representante oficial do Ministério da Defesa da Rússia, informou que os bombardeios da coalizão foram realizados por dois caças F-16 e dois A10 contra tropas do exército sírio cercadas por jihadistas do Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia). Após os ataques, os terroristas começaram uma ofensiva. Os aviões americanos tinham decolado do território do Iraque.