Canavero publicou os resultados de seus últimos três experimentos com animais na revista internacional de neurocirurgia Surgical Neurology International. Os estudos confirmaram a possibilidade de superar a principal dificuldade desse tipo de cirurgia: recuperar as funções da medula espinhal.
Assessorado por uma equipe de cirurgiões sul-coreanos, Canavero operou um cachorro totalmente paralisado do pescoço para baixo. Passadas duas semanas, o animal foi capaz de andar. Outros experimentos foram realizados em camundongos e ratos. Os camundongos não chegaram a se recuperar da paralisia. Já no grupo de controle de ratos, um voltou a andar.
Críticos alegam que o número de experimentos realizados por Canavero em ratos e camundongos é insuficiente para fornecer resultados conclusivos. Além disso, há quem diga que a equipe de Canavero não apresentou informações completas sobre a extensão dos danos sofridos pelo cachorro antes da cirurgia.
Apesar disso, o neurocientista planeja realizar o primeiro transplante de cabeça em humanos já no final de 2017. A ideia já foi acolhida por um hospital vietnamês, que ofereceu suas instalações e equipamentos para o procedimento.
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