"O juiz Sérgio Moro tem que ser manifestado publicamente, como alguém que já tem uma posição pré-concebida e que age evidentemente, de maneira seletiva, procurando criminalizar o ex-presidente Lula, mesmo sem a existência de provas, mesmo que todos os principais juristas do Brasil, a própria imprensa nacional em muitos editoriais, especialmente a imprensa internacional destaquem que esta é uma acusação, que não tem sustentação e nenhuma prova, baseada fundamentalmente em ilações, em suposições ou como dizem os procuradores em convicções. Do nosso ponto de vista isso só reforma a caracterização de que o ex-presidente Lula é um perseguido político da Lava-Jato."
Paulo Pimenta ressalta que todas essas ações não passam de mais um capítulo de um golpe jurídico para tentar afastar Lula de uma possível candidatura à presidência da República, em 2018.
“A velocidade com que Moro recebe a denúncia demonstra que o objetivo dele é proporcionar uma condenação em curto prazo, para que seja feito um recurso para o Tribunal da 4ª Região. Eventualmente mantido esse recurso, mantida a decisão do Moro, pela Lei da Ficha Suja, o ex-presidente Lula ficaria inelegível. Qualquer pessoal razoavelmente informada sabe que este é o último capítulo do golpe.”
De acordo com o Vice-líder do PT na Câmara, o deputado Paulo Pimenta a manobra para aprovar o projeto de anistia ao caixa 2 foi organizada às pressas, porque a base do governo Temer já cobra o preço pela aprovação do impeachment de Dilma Rousseff. "O governo Temer está diante de uma encruzilhada. Seus aliados cobram que ele cumpra promessas que fez quando afirmava que afastada a presidente Dilma, ele resolveria a situação dos investigados", disse Paulo Pimenta.
O deputado destacou as providências que já estão sendo tomadas para preservar os direitos políticos do ex-presidente Lula, como o início de uma campanha internacional. "Nós vamos intensificar cada vez mais uma denúncia também nos fóruns internacionais. Ontem (20) mesmo foi lançado uma campanha internacional em defesa do ex-presidente Lula, em denúncia sobre aquilo que ele está vivendo aqui no Brasil, e nós vamos cada vez mais também fazer com que esta pauta seja incorporada nas nossas mobilizações, nas nossas denúncias como um dos objetivos do golpe no entendimento de que o ex-presidente Lula possa ter os seus direitos políticos preservados, e eventualmente, possa ser candidato em 2018."
Paulo Pimenta criticou que "setores do poder Judiciário, do Ministério Público Federal, da Polícia Federal e da Receita Federal abdicaram de uma postura republicana, das prerrogativas e da liturgia que o cargo exige e assumiram um protagonismo político partidário."