Segundo as informações do jornal português Diário de Notícias, essas decisões de Passos Coelho e da editora são conhecidas e foram confirmadas pelo próprio autor do livro, José António Saraiva: “Esta decisão foi absolutamente inesperada, mas acho compreensível. Metendo-me na pele de Pedro Passos Coelho, é de facto a atitude mais sensata."
Em comunicado enviado hoje à noite à agência Lusa, a editora Gradiva afirma que o ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho "pediu ao autor, por motivos pessoais, para o desobrigar de estar presente na sessão de lançamento do livro".
No livro, Saraiva parece revelar uma obsessão com pormenores da vida íntima e conta histórias que lhe contaram, não só envolvendo as personalidades em causa, como também terceiras figuras. Ele atribuiu a um político (já falecido) a informação de que outro político (ainda vivo) é homossexual, fala na "paixoneta" da mulher de um político por outro político (atribuindo essa informação ao que terá sido alvo dessa "paixoneta"), cita ex-líderes partidários se pronunciando de forma desprimorosa ou mesmo insultuosa sobre outros líderes partidários (e todos do mesmo partido), etc.
Pedro Passos Coelho reiterou a intenção de apresentar o livro, afirmando, relativamente a José António Saraiva: "O autor é ele, não sou eu".