Cientista político: OTAN provoca crises e viola direito internacional na Síria e Ucrânia

© REUTERS / Radu SighetiSoldado britânico em exercícios militares da OTAN no leste da Europa em 21 de abril de 2015
Soldado britânico em exercícios militares da OTAN no leste da Europa em 21 de abril de 2015 - Sputnik Brasil
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Na semana passada, a edição polonesa NIE publicou informações sobre o envio de 19 soldados das forças especiais da Polônia à região de Donbass.

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Forças especiais da Polônia em Donbass? Por que motivo?
Apesar da negação destes dados por funcionários poloneses, a edição NIE afirmou que recebeu a confirmação exata das informações a partir de várias fontes e não pretende dar um desmentido para esta publicação.

Mustafa Turkes, professor de ciência política, comentou à Sputnik Turquia a informação da edição polonesa, dizendo que a situação da violação do direito internacional e do direito polonês não é nova:

"Como foi realizada a primeira invasão do território da Ucrânia? Foi, podemos dizer, uma intervenção civil, por via da Fundação Soros. O estudo da questão permite concluir que todas as revoluções coloridas começaram com iniciativas civis, a maioria delas foi financiada pela Fundação Soros. Hoje, para esse fim já são usadas unidades militares, as ações ilegais delas são dirigidas diretamente pelos Estados Unidos. Se a informação publicada na edição polonesa for verdade, e a Polônia enviou para Donbass os 19 militares, isso é uma confirmação direta da participação dos países da região no conflito ucraniano."

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Ex-presidente da Polônia: mundo está perdendo interesse pela crise ucraniana
Segundo o professor, nos últimos anos a Polônia, juntamente com a Lituânia, Letônia e Estônia, se tornaram objeto de crescente interesse da OTAN – a escala das operações militares e a presença da Aliança nesses países estão aumentando. Na base deste processo há vários fatores. A Polônia segue a política agressiva da OTAN, em primeiro lugar, porque está tentando desenvolver suas relações com o Ocidente. Infelizmente, as autoridades polonesas realizando tais ações também reforçam as disposições antirrussas. Historicamente na Polónia existem dois principais grupos políticos — um antirrusso e outro antigermânico. Atualmente, a equipe antirrussa reforçou sua posição e tenta por todos os meios implementar a política correspondente.

Respondendo à pergunta por que a OTAN está tentando encorajar os países da Europa de Leste para participar na crise ucraniana e que consequências isso pode ter na região, Turkes salientou:

"Falando sobre a guerra civil na Ucrânia, devemos entender que ela está diretamente ligada ao desejo dos EUA de ganharem uma posição forte na região do mar Negro e à estratégia agressiva que a América segue a fim de alcançar este objetivo. <…> Os EUA estão claramente agindo como agressores em relação à região, usando a retórica antirrussa que historicamente existe na Europa Oriental. Países como a Lituânia, Letônia e Estônia julgaram que ingressando na OTAN eles se tornaram capazes de resistir à 'ameaça' representada, em sua opinião, pela Rússia. Algum tempo atrás eles começaram sentindo o peso que caiu sobre seus ombros juntamente com a adesão à OTAN."

Além disso, o professor não excluiu que há uma conexão entre este passo da Polônia e a crise síria. Se Varsóvia está tentando influenciar e desempenhar um papel provocador, isso pode levar a consequências muito perigosas e imprevisíveis para o processo de reconciliação síria.

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