Mustafa Turkes, professor de ciência política, comentou à Sputnik Turquia a informação da edição polonesa, dizendo que a situação da violação do direito internacional e do direito polonês não é nova:
"Como foi realizada a primeira invasão do território da Ucrânia? Foi, podemos dizer, uma intervenção civil, por via da Fundação Soros. O estudo da questão permite concluir que todas as revoluções coloridas começaram com iniciativas civis, a maioria delas foi financiada pela Fundação Soros. Hoje, para esse fim já são usadas unidades militares, as ações ilegais delas são dirigidas diretamente pelos Estados Unidos. Se a informação publicada na edição polonesa for verdade, e a Polônia enviou para Donbass os 19 militares, isso é uma confirmação direta da participação dos países da região no conflito ucraniano."
Respondendo à pergunta por que a OTAN está tentando encorajar os países da Europa de Leste para participar na crise ucraniana e que consequências isso pode ter na região, Turkes salientou:
"Falando sobre a guerra civil na Ucrânia, devemos entender que ela está diretamente ligada ao desejo dos EUA de ganharem uma posição forte na região do mar Negro e à estratégia agressiva que a América segue a fim de alcançar este objetivo. <…> Os EUA estão claramente agindo como agressores em relação à região, usando a retórica antirrussa que historicamente existe na Europa Oriental. Países como a Lituânia, Letônia e Estônia julgaram que ingressando na OTAN eles se tornaram capazes de resistir à 'ameaça' representada, em sua opinião, pela Rússia. Algum tempo atrás eles começaram sentindo o peso que caiu sobre seus ombros juntamente com a adesão à OTAN."
Além disso, o professor não excluiu que há uma conexão entre este passo da Polônia e a crise síria. Se Varsóvia está tentando influenciar e desempenhar um papel provocador, isso pode levar a consequências muito perigosas e imprevisíveis para o processo de reconciliação síria.