O acordo propõe ainda a cooperação técnica para promoção e participação ativa do Rio de Janeiro em eventos de startups, em Portugal, e do ecossistema empreendedor português em eventos similares no Rio.
O Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Rio de Janeiro, Gustavo Tutuca destacou a necessidade de estimular o empreendedorismo digital no Rio, para que o Estado não fiquem somente refém das atividades petrolíferas.
"Precisamos pensar o Rio para além do petróleo. Identificamos a inovação como uma vocação natural do Estado do Rio, e o Startup Rio é um programa de estímulo ao empreendedorismo digital que está inserido nessa estratégia. O governo está atuando como indutor da inovação."
Desde 2014, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, com o apoio da Faperj (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro) criou o Startup Rio, para fomentar a cultura do empreendedorismo e transformar o Estado em um polo de referência internacional em tecnologia, como parte de um conjunto de ações que visam diversificar a economia fluminense.
Segundo a Secretaria, o programa já desenvolveu 48 microempresas de base tecnológica. Atualmente, 11 geram empregos e pagam impostos, representando R$ 2 milhões de faturamento bruto desde 2014. O programa capacitou 300 empreendedores e ofereceu 720 horas de cursos, oficinas e mentorias.
Na primeira missão internacional do Startup Lisboa, o secretário estadual da Indústria de Portugal, João Vasconcelos ressaltou a estratégia nacional do país para o empreendedorismo digital e Websummit, um dos maiores encontros europeus de tecnologia, empreendedorismo e inovação, que vai acontecer em Lisboa nos próximos três anos.
"Avançamos no mesmo caminho. Temos todas as razões para estarmos juntos, já que vivemos momentos econômicos e históricos semelhantes. Em Portugal, 50% dos novos empregos estão sendo criados por empresas com menos de cinco anos de existência, e isso demonstra a importância da inovação. Portanto, só temos a ganhar em conjunto."
O Presidente da Faperj, Augusto Raupp destacou que as ações de estímulo às startups adotadas em Lisboa e no Rio estão direcionadas para fomentar a inovação. "Estamos adotando as mesmas práticas, e isso confirma que estamos no caminho certo. A nossa missão é transformar conhecimento e tecnologia em produtos inovadores. Pra isso, a Faperj vem investindo pesadamente em tecnologia e inovação. A gente tem que se preparar para o futuro, para que as ações tenham continuidade, para que as empresas cresçam."
O acordo entre Brasil e Portugal tem vigência de três anos e vai permitir a troca de informações, networking, mentoria, educação, consultorias em segmentos como economia criativa, Tecnologia da Informação e Comunicação e biotecnologia.