No local, estão sendo montados cinco submarinos, quatro com propulsão diesel-elétrica e um com propulsão nuclear, o primeiro do Brasil e que colocará o país entre o seleto grupo (Estados Unidos, França, Reino Unido, China e Rússia) que detém a tecnologia para o desenvolvimento desse tipo de equipamento militar. O Prosub surgiu em 2008 a partir de um acordo estratégico firmado entre o Brasil e a França. Um dos contratos foi sobre a transferência de tecnologia pela empresa francesa DCNS destinada a capacitar a Marinha em projetos e construção de submarinos.
O grupo formado por 22 participantes do SIEN, representando diferentes instituições e órgãos ligados à questão da energia nuclear, foi recebido pelo capitão de Mar e Guerra Ricardo Lindgren de Carvalho, assessor de Comunicação Social da Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear.
O comandante falou sobre o Prosub e levou os participantes para conhecer a área, único complexo industrial e de apoio logístico dedicado a meios navais com propulsão nuclear do hemisfério sul, formado pelo Estaleiro e Base Naval (EBN) e a Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM). Só a UFEM conta com uma área total de 96 mil m², sendo 57 mil m² de área construída. A unidade foi montada em dois anos e quatro meses de obras e inaugurada em 2013. Já o Estaleiro e Base Naval (EBN) encontram-se atualmente com cerca de 61% das obras realizadas, sem considerar as instalações do Complexo Radiológico, que está em fase de revisão do Projeto Conceitual.
A tradicional visita técnica do SIEN foi criada como atividade complementar ao desenvolvimento profissional e intercambio técnico dos participantes do evento. O Prosub foi escolhido este ano em parceria com a Marinha do Brasil e a Amazul – Amazônia Azul, empresa pública criada com o objetivo de desenvolver, aplicar e gerenciar tecnologias, projetos e processos necessários aos Programas Nuclear Brasileiro, Nuclear da Marinha e o Prosub.