Embora Abe esteja decidido a fazer progressos na disputa territorial, que dura já por dezenas de anos, os seus cidadãos estão mais céticos. A maioria dos japoneses insiste no retorno dos territórios do norte. Entretanto, segundo a pesquisa mais recente, para os jovens japoneses este assunto não parece importante.
Na Rússia, de acordo com uma enquete realizada pela empresa russa VTsIOM, 53% dos russos consideram que as ilhas de Iturup, Kunashir, Shikotan e Habomai pertenciam e continuarão pertencendo à Rússia. Uns 42% dos russos apoiam as negociações russo-japonesas sobre o problema territorial. Somente 1% dos russos apoia a entrega de todas as quatro ilhas ao Japão. Em geral, mais de metade dos russos consideram o Japão como um país amigável.
É evidente que o Japão alterou sua tática em relação ao Japão, mas ela permanece oculta, disse à Sputnik Japão o especialista do Centro dos Estudos Japoneses Oleg Kazakov.
"A primeira coisa que foi anunciada por Abe foi a separação da política da economia, o que pretende diminuir a relação entre a disputa territorial e a cooperação econômica russo-japonesa. Para a Rússia, com certeza, isso é bom, mas isto não é novo – essa posição já foi promovida pelo Japão nos tempos de Yeltsin. A estratégia do Japão permanece oculta", afirmou Kazakov.
Entretanto, estão sendo realizados trabalhos para preparar a visita de Putin ao Japão. As chancelarias dos dois países já realizaram duas rodadas de negociações sobre este tema, mas a agenda das negociações mantem-se em segredo.