EUA 'investiram demasiado na oposição síria para serem capazes de voltar atrás'

© flickr.com / U.S. Department of DefenseCaças das Forças Armadas dos EUA durante operação nos céus da Síria
Caças das Forças Armadas dos EUA durante operação nos céus da Síria - Sputnik Brasil
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Comentando a retórica militarista dos EUA em relação à Rússia, e suas ameaças que os terroristas iriam atacar a Rússia, o analista político russo Aleksei Fenenko explicou por que os EUA continuarão armando a oposição radical na Síria e quais são os motivos dessa retórica.

"Os grupos extremistas continuarão usando o vácuo que há na Síria para expandir sua atividade, o que pode incluir ataques contra interesses russos, talvez até contra cidades russas. A Rússia vai continuar enviando soldados para casa em sacos para cadáver e vai continuar perdendo recursos, talvez até mesmo aeronaves", disse John Kirby, porta-voz do Departamento de Estado durante sua coletiva de imprensa.

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Comentando esta declaração, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia Sergei Ryabkov disse na quinta-feira que isto reflete um estado de "frustração emocional".

Aleksei Fenenko, pesquisador principal no Instituto de Problemas de Segurança Internacional da Academia de Ciências da Rússia, explicou à RIA Novosti o que está por trás desta retórica e como os EUA continuarão armando a oposição radical na Síria.

"Os EUA vão continuar tentando armar a oposição radical na Síria, isso é parte de sua estratégia", disse o especialista.

"Os americanos têm investido demasiado na Síria para serem capazes de se retirar assim tão facilmente. Apesar de toda sua retórica sobre a Síria, qualquer tentativa dos EUA para recuarem será considerada como uma derrota, assim eles vão continuar ajudando a oposição radical", disse o cientista político.

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Ele explicou ainda que, a partir de agora e até janeiro, irá decorrer um período muito perigoso, porque Obama em breve vai abandonar o cargo presidencial e precisa fazer algo realmente notável até o final de sua presidência.

"Eu não sou otimista sobre as nossas perspectivas da cooperação. Obama não se está tornando apenas um 'pato coxo', mas ele sente a extrema necessidade de fazer algo extraordinário antes do fim do mandato. O chamado 'resgate' ou 'salvação' da oposição síria pode se tornar algum desses 'eventos extraordinários'", afirmou o especialista.

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