"Os grupos extremistas continuarão usando o vácuo que há na Síria para expandir sua atividade, o que pode incluir ataques contra interesses russos, talvez até contra cidades russas. A Rússia vai continuar enviando soldados para casa em sacos para cadáver e vai continuar perdendo recursos, talvez até mesmo aeronaves", disse John Kirby, porta-voz do Departamento de Estado durante sua coletiva de imprensa.
Aleksei Fenenko, pesquisador principal no Instituto de Problemas de Segurança Internacional da Academia de Ciências da Rússia, explicou à RIA Novosti o que está por trás desta retórica e como os EUA continuarão armando a oposição radical na Síria.
"Os EUA vão continuar tentando armar a oposição radical na Síria, isso é parte de sua estratégia", disse o especialista.
"Os americanos têm investido demasiado na Síria para serem capazes de se retirar assim tão facilmente. Apesar de toda sua retórica sobre a Síria, qualquer tentativa dos EUA para recuarem será considerada como uma derrota, assim eles vão continuar ajudando a oposição radical", disse o cientista político.
"Eu não sou otimista sobre as nossas perspectivas da cooperação. Obama não se está tornando apenas um 'pato coxo', mas ele sente a extrema necessidade de fazer algo extraordinário antes do fim do mandato. O chamado 'resgate' ou 'salvação' da oposição síria pode se tornar algum desses 'eventos extraordinários'", afirmou o especialista.